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Não Julgues Alguém por Quem Cristo Morreu

  Não Julgues Alguém por Quem Cristo Morreu O ensinamento de Jesus sobre o julgamento é profundo e relevante para todos nós. Em Mateus 7, encontramos palavras que nos convidam à reflexão e à mudança de atitude. Vamos explorar por que não devemos julgar os outros e como podemos aplicar esse princípio em nossa vida. I - O Mandamento de Não Julgar Em Mateus 7:1-2, Jesus diz: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão vocês.” Essas palavras são um lembrete poderoso de que nosso julgamento tem consequências. Quando apontamos os erros dos outros, estamos nos colocando em uma posição de juízes, e Deus nos julgará da mesma forma. II - A Trave no Próprio Olho Jesus continua em Mateus 7:3-5: “E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu próprio olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o

Desafio Missionário

 

DESAFIO MISSIONÁRIO



Qual é a missão primária da Igreja? Será que estamos cumprindo a ordem de Jesus em termos de evangelização do mundo? Será que a Igreja contemporânea está cumprindo o “ide” de Jesus?


Vamos analisar alguns versículos do capítulo 10 da epístola do apóstolo Paulo aos romanos:


¹³ Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

¹⁴ Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?

¹⁵ E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas.

¹⁶ Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação?

¹⁷ De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.

(Rm 10:13-17)


Paulo está se referindo a Israel, que pela dureza de coração rejeitou e evangelho da graça, sendo ramos cortados da oliveira, conforme o apóstolo discorre no capítulo 11 da mesma carta. Porém, em Rm 11, Paulo fala do remanescente fiel, daqueles judeus que aceitaram Jesus como o Messias, constituindo com os gentios (os não judeus) a Igreja de Cristo, ramos enxertados na oliveira. Por oliveira entendemos Reino de Deus (leia Mateus 21:43, Romanos 11:7 e 1 Pedro 2:9).


Há, entretanto, um princípio eterno e universal no trecho de Rm 10:13-17: “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (v. 13). E a problemática deste tema se instala a partir do versículo 14, passando pela primeira parte do 15, quando o autor indaga “como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?”


Eis o desafio missionário: ir (ou enviar), orar, e contribuir financeiramente, os três verbos missionários (ir, orar e contribuir). Missões se faz com os pés de quem vai, com os joelhos de quem ora, e com as mãos de quem contribui. O versículo 15 também diz que formosos sãos os pés dos que anunciam o evangelho. Num contexto de guerra, podemos, analogicamente, dizer que os missionários são a infantaria, que conquista o terreno, os que oram são a artilharia, que neutralizam alvos inimigos e preparam o campo de batalha, e os que contribuem são a logística, que garante a permanência em combate, para os missionários durarem na ação.


No versículo 16, Paulo diz que nem todos os israelitas criam no evangelho; esse também é um dilema enfrentado pela Igreja, pois nem todos aceitam as boas novas de Jesus…


Finalmente, no versículo 17, o apóstolo sentencia dizendo que a fé vem pelo ouvir da palavra de Deus. Nesse sentido, há de se pregar e anunciar a salvação em Cristo nos quatro cantos da terra, conforme 2 Timóteo 4:2 “que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina.” Ainda, a ordem deixada aos crentes no evangelho segundo Mateus, capítulo 28, versículos 19 e 20 (a Grande Comissão): “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”


Fazer discípulos de todas as nações significa anunciar o evangelho em todos os povos, em todas as etnias. Segundo a AMIDE (Associação Missionária para Difusão do Evangelho), agência missionária, há cerca de 17.000 povos étnicos ainda não alcançados no mundo. No Brasil ainda se está trabalhando com indígenas, ribeirinhos, ciganos, sertanejos, quilombolas, imigrantes, surdos, os mais ricos e os mais pobres. Esse grupo é um desafio para a igreja brasileira.


É mister ampliar os horizontes da igreja em termos de pregação do evangelho da graça. Imperativo é cumprir a determinação de Jesus contida no versículo 8 do 1º capítulo do livro de Atos: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra.” Por “Jerusalém” entende-se a própria cidade (missões locais), “Judeia” significa o Estado (missões estaduais), “Samaria” denota uma cidade distante (missões nacionais) e, “confins da terra” significa o mundo todo (missões mundiais ou transculturais).


Os apóstolos (enviados em grego), primeiros missionários (enviados em latim), não entenderam muito bem a ordem de Jesus Cristo, e praticamente não saíram da Judeia, não tendo alcançado nem a Samaria. Foi preciso o ministério de Paulo para que a mensagem do evangelho chegasse aos confins do império romano, em missões transculturais (as 3 viagens missionárias). Paulo também pregava aos gentios, enquanto que os outros apóstolos só pregavam aos judeus.


A igreja que não tem condições de enviar missionários ao campo deve procurar fazer por meio de uma agência missionária, que faz a intermediação entre o(s) missionário(s) e a respectiva igreja. Existem muitas agências missionárias atuando no Brasil, como por exemplo, SEPAL, AMIDE, APMT, JOCUM, JMN, JMM, MPA, e muitas outras. Há possibilidade de envio e/ou adoção de missionários que estejam no campo, com várias modalidades de participação pelas igrejas.


Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós” (João 20:21). Evangelizar e discipular é missão do todo crente em Jesus (veja Mt 28:19,20). Missões é a prioridade nº 1 da Igreja (pelo menos deveria ser). A igreja que prioriza outras atividades em detrimento à missões está errando teologicamente. Hoje, com o advento da comunicação (principalmente pela internet), há muitas formas de fazer missões e alcançar povos étnicos ainda não evangelizados/discipulados (catequizados). Não há desculpa plausível para a igreja ficar inerte, sendo “igreja para a igreja”, em vez de ser “igreja para o mundo” (relevante ao mundo).


Por fim, Jesus declarou em Mateus 24:14 que é preciso que o evangelho seja pregado em todo o planeta, para que Ele volte: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.” E o profeta Habacuque 2:14 diz: “Porque a terra se encherá do conhecimento da glória do Senhor, como as águas cobrem o mar.”


Amém! Maranata!


Obs: recomendo ler o contexto próximo dos textos supra citados.


Porto Belo, 14 de novembro de 2023.


Gustavo Maders de Oliveira - D.Miss.


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