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Não Julgues Alguém por Quem Cristo Morreu

  Não Julgues Alguém por Quem Cristo Morreu O ensinamento de Jesus sobre o julgamento é profundo e relevante para todos nós. Em Mateus 7, encontramos palavras que nos convidam à reflexão e à mudança de atitude. Vamos explorar por que não devemos julgar os outros e como podemos aplicar esse princípio em nossa vida. I - O Mandamento de Não Julgar Em Mateus 7:1-2, Jesus diz: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão vocês.” Essas palavras são um lembrete poderoso de que nosso julgamento tem consequências. Quando apontamos os erros dos outros, estamos nos colocando em uma posição de juízes, e Deus nos julgará da mesma forma. II - A Trave no Próprio Olho Jesus continua em Mateus 7:3-5: “E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu próprio olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o

AMAZÔNIA – O MAIOR DESAFIO MISSIONÁRIO NO BRASIL - LER MAIS

 

AMAZÔNIA – O MAIOR DESAFIO MISSIONÁRIO

 NO BRASIL



A Amazônia é, indubitavelmente o maior desafio missionário existente no Brasil.

Cobrindo 59% de todo o território nacional, a região elenca cinco grupos socioculturais menos evangelizados no Brasil: indígenas, quilombolas, ciganos, sertanejos e ribeirinhos. A respeito do segmento ribeirinho, há um grupo de 35 mil comunidades na Amazônia, das quais estima-se que 10 mil ainda não foram alcançadas pelo evangelho. Vinte e seis milhões de pessoas habitam a Amazônia Legal, sendo que 1 milhão nunca teve contato com o evangelho. Há mais de 40 iniciativas evangelizadoras na Amazônia Legal e a maioria das comunidades tradicionais num raio de 100 Km das principais cidades já foram alcançadas.

Dentre as necessidades apontadas para o avanço do evangelho entre os ribeirinhos estão a conscientização da igreja brasileira, missionários bem treinados, com capacidade de leitura cultural adequada, formação de líderes locais e material pedagógico adequado.

Um grande desafio continua sendo o isolamento histórico e geográfico de milhares de famílias e comunidades, o que exige uma logística complexa para o acesso. Um relatório citou ainda outros desafios para a evangelização: pecados culturais arraigados – promiscuidade; iniciação sexual precoce; abuso sexual familiar; conformismo da comunidade; convivência pacífica de lideranças evangélicas com pecados da cultura local; prejuízos resultantes de más experiências evangélicas anteriores e a sustentabilidade econômica.

Existem inúmeras barreiras: custo de locomoção altíssimo, comunidades hostis ao evangelho por conta da dependência financeira e da posse da terra pela igreja romana, difícil acesso a muitas comunidades devido a seca dos rios. Dificuldade de comunicação com comunidades indígenas, porém a falta de obreiros que topem enfrentar a realidade amazonense, principalmente ribeirinha, é a maior barreira para a evangelização. A localização geográfica e as crenças religiosas nos campos de atuação indígenas também constituem barreiras à obra missionária. Ainda, a falta de instrução de líderes das igrejas ribeirinhas já estabelecidas. Não bastasse, a dificuldade de transporte para os locais mais carentes de ação missionaria, tanto naval quanto aéreo. Nenhuma dessas opções é barata.

Calor beirando ao insuportável na maior parte do ano; secas que encarecem e, muitas vezes, impossibilita o acesso a comunidades; caminhos de estrada de barro em péssimas qualidades para locomoção. Normalmente as cheias favorecem o trabalho missionário, quando se trata de terra seca (áreas que não alagam), porém, quando as comunidades estão situadas em áreas de várzea o trabalho fica prejudicado pelo êxodo sazonal dos moradores.

Seja por água ou terra, sempre será um trabalho desafiador. Mesmo que sejam estradas, muitos grupos estão há muitos quilômetros de distância das cidades. Como são regiões longínquas, quem vem trabalhar aqui tem que planejar ficar mais tempo com o povo a ser alcançado. Há muitos recursos naturais: rios, animais, peixes, aves, insetos, plantas, frutas, etc, os quais podem ajudar no sustento diário do obreiro.

Ironicamente, um aspecto da geografia que favorece o trabalho da evangelização na Amazônia é o fato de que, através de embarcações e aeronaves, existe como chegar praticamente em qualquer lugar na Janela Amazônica. Praticamente todo povo da Amazônia vive na beira dos rios da Amazônia, mas com uma boa instrução e treinamento de líderes das igrejas ribeirinhas/indígenas, é possível alcançar os que não moram nessas margens.

Cada região do Brasil tem suas peculiaridades, os obreiros locais se comunicam, exemplificam, entrosam-se, com muita facilidade, pois não há a necessidade de adaptação. Por já estarem acostumados com a forma de viver das comunidades não enfrentam o choque cultural. Outra coisa que precisa ser entendido é que a Amazônia é riquíssima em recursos naturais e se faz necessário adaptar a transmissão das Boas Novas de Cristo para poder aproveitar estes recursos. Um Evangelho importado dificulta o processo de discipulado por não haver condições de multiplicar uma forma que não se tem os recursos dos quais foi aprendido.

Temos várias iniciativas. Entre elas estão o treinamento bíblico de nativos na própria língua materna e a produção de materiais na língua materna com a ajuda do próprio povo. Construir igrejas usando os recursos naturais existentes na região e participar de eventos culturais nas aldeias também são formas de valorizar o potencial da comunidade e se aproximar do povo.

A forma mais viável para a plantação de igrejas na Amazônia é treinando lideres locais para dirigir e pastorear essas igrejas. O ribeirinho já está acostumado a viver da terra pescando, caçando e plantando. Não precisa de uma renda ou contribuição mensal. Se plantarmos “igreja indígenas”, ou seja, igrejas que refletem a cultura em que ela é plantada, vamos estar usando ao máximo os recursos naturais e humanos de cada região.

Aos missionários, membros de agências missionárias ou mesmo de igrejas com visão missionária que desejem se aventurar em missões na Amazônia, ou até no Pantanal, deve fazer as seguintes preparações: 1 – vacinação; 2 – contato com as prefeituras dos municípios alvos; 3- preparo teológico e missiológico; 4- preparo transcultural, se for o caso; 5- aprender técnicas de sobrevivência na selva; 6- preparação logística (extremamente complexa); 7- preparação de material didático; e contato com a FUNAI se o público-alvo for indígena.

Na região amazônica, parte do ano (seca) é possível usar estradas para deslocamento, mas na maior parte do ano o deslocamento é só de barco ou de avião. Como já referido, ambos os meios de transporte são muito caros. Outro detalhe, o único meio de comunicação que funciona na selva é o rádio ou telefones via satélite. É necessário prever um meio de comunicação com a base (agência ou igreja), para uma eventual emergência.

Mesmo de matriz católica, há receptividade ao evangelho, com as ressalvas já mencionadas. Nas cidades há maior aceitação e algumas igrejas prosperam, dando frutos. Nas comunidades ribeirinhas, “pesca-se de anzol”, um por um. Nas comunidades quilombolas é semelhante aos ribeirinhos (há muita resistência ao evangelho). Quantos aos sertanejos (das regiões do Pará e Mato Grosso, principalmente), estes são, na maioria, de matriz católica, com pouca aceitação ao evangelho. Nas tribos indígenas, precisa-se treinar líderes indígenas, para que o evangelho seja aceito. Naturalmente o povo indígena é muito desconfiado com o homem branco. E no tocante aos mineradores, garimpeiros, madeireiros, há uma expressiva aversão a qualquer grupo religioso em “suas terras”, talvez pela ilicitude que, infelizmente é comum na Amazônia.

As viagens missionárias são geralmente feitas com barcos hotéis, com todo o pacote logístico (alimentação, combustível, água potável, medicamentos, roupas, material didático, material de higiene), meio de comunicação (geralmente os barcos são equipados com rádio de HF), é interessante um profissional da área da saúde.

Este autor participou, em 2011, de uma viagem missionária nas comunidades ribeirinhas do município de Corumbá – MS, no Pantanal. Foi utilizado um barco hotel da Convenção Batista do Estado do Mato Grosso do Sul. A viagem, de 10 dias, contou com a presença de 2 pastores, 6 evangelistas, o promotor de missões (este que escreve), 1 psicóloga, 2 pedagogas, 1 médica e 1 1 dentista. Um imenso pacote logístico. Foram abordadas muitas famílias ribeirinhas, com algumas decisões por Cristo (a igreja teria de ir até as comunidades a partir de então). Foram feitos procedimentos odontológicos simples, alguns atendimentos médicos e psicológicos. O barco “Pantavida” repete a viagem a cada semestre (o custo é muito alto).

Concluindo, a Amazônia Legal constitui o maior desafio missionário no Brasil, devido às dificuldades todas levantadas neste trabalho. Graças a Deus pelas agências missionárias que atuam na região, pelas rádios RTM e IPB que contribuem com a palavra de Deus propagada onde nem sempre um missionário consegue chegar. Assim como há missionários, há várias ONGs atuando na Amazônia, umas para ajudar o povo mais sofrido, muitas vezes ignorado pelo Estado.




A Amazônia Legal








Gustavo Maders de Oliveira - Th.
25 de maio de 2022.



















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