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Dízimo: Uma Ordenança Para Israel

  DÍZIMO: UMA ORDENANÇA PARA ISRAEL   Dr. Gustavo Maders de Oliveira, Th.B., M.Miss., D.Miss. Este breve artigo trata-se da observância da prática do dízimo no Novo Testamento (Dispenseção da Graça/Igreja). Não é intenção deste autor persuadir o leitor a deixar de dizimar, antes, é uma reflexão teológica e missiológica acerca da ordenança, isto é, da legalidade da cobrança dos dízimos à igreja, da prática de um fragmento da Lei mosaica que foi por Cristo abolida na cruz, conforme bem explicado pelo apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos, no capítulo 6. O dízimo não é uma ordenança para a igreja . O líder religioso que assim procede está errando teologicamente, submetendo o seu rebanho a um jugo que não lhe pertence. A prática do dízimo é vista na Bíblia antes da Lei, como nos casos de Gênesis 14:18-20 (dízimo de Abrão, dos despojos de guerra), em Gênesis 28:20-22 (o dízimo de Jacó), e o texto de Hebreus 7:1-4 – do sacerdócio de Jesus a Melquisedeque (an...

Como não evangelizar? - LER MAIS

 Como não evangelizar?


Antes de falarmos sobre como evangelizar, também precisamos falar sobre como não evangelizar. É comum ver pessoas cometendo muitos erros cruciais nessa área. Esses erros acabam comprometendo o próprio evangelismo conforme os moldes bíblicos. Vejamos os três problemas mais frequentes na evangelização:

1 - Evangelismo pragmático: coloca-se o pragmatismo como o primeiro erro, pois acredita-se ser o mais grave. O evangelismo pragmático é tão nocivo justamente por fazer com que a evangelização seja estabelecida sob as bases erradas. Na verdade, ele tira o foco da verdadeira motivação para o evangelismo bíblico, e coloca sobre os resultados. Logo, a pergunta sempre será: “O que dá mais resultado na evangelização?”. Esse tipo de pensamento é muito perigoso, pois aceita-se pagar qualquer preço pelo melhor resultado. Isso faz com que a verdadeira mensagem do Evangelho seja superada pela técnica de maior sucesso. Vemos, infelizmente, muitas pessoas preocupadas em desenvolver “atrações” para chamar a atenção dos perdidos, e o resultado é um evangelismo deformado, com muitas pessoas convertidas ao modelo “vendido”, não a Cristo. O pragmatismo pode lotar uma igreja de “chamados”, mas nunca de “escolhidos”. Quando as pessoas adotam tais técnicas para atrair a atenção dos pecadores, como isca no anzol em uma pescaria, esquecem que, a menos que o Espírito Santo ressuscite o pecador em seu estado morto e caído, o Evangelho de Cristo será pedra de tropeço e rocha de escândalo para ele (1 Pedro 2:8). Sempre devemos nos preocupar com a integridade da mensagem, ao invés dos resultados esperados. Nossa tarefa é anunciar, confiando que Deus acrescentará à sua Igreja aqueles que foram destinados a vida eterna (Atos 2:47; 13:48).

2 - Mensagem errada: é comum ver pessoas tentando evangelizar outras pessoas com a mensagem errada. Às vezes muita gente dá ênfase a testemunhos pessoais, ou qualquer outro assunto, acreditando estar evangelizando. Podemos até mencionar algum testemunho, desde que o foco sob a cruz de Cristo não se perca. Também vemos pessoas trazendo temas de interesse popular para incorporá-los no evangelismo, mas, como dissemos acima, a obra redentora de Cristo deve ser a única mensagem a ser priorizada.

3 Comportamento errado: já se viu muitas vezes grupos de evangelismo em que as pessoas achavam que evangelizar se resumia apenas em convidar alguém a comparecer no culto de domingo. Outros, nem mesmo falavam nada, apenas esticavam as mãos e entregavam folhetos. Por último, alguns nem convidavam e nem entregavam os folhetos, apenas acompanhavam o grupo vestindo uma camisa com a frase “Jesus Te Ama”. Se não houver a mensagem direta sobre Cristo ao pecador, então o que estamos fazendo não é evangelismo.



Gustavo Maders de Oliveira Th

26 de abril de 2022.


Fonte de consulta:

Estilo Adoração – página eletrônica – disponível na INTERNET via https://estiloadoracao.com/como-evangelizar/. Arquivo consultado em 25/04/2022.

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