ENTENDENDO A RELIGIÃO Dr. Gustavo Maders de Oliveira Bacharel em Teologia (Faculdade Teológica Charisma) Mestre e Doutor em Missiologia (Faculdade Teológica e Cultural da Bahia) INTRODUÇÃO A religião é um fenômeno universal que atravessa culturas, épocas e civilizações, oferecendo respostas às grandes questões da existência humana: de onde viemos, qual o propósito da vida e o que há além da morte. Mais do que um conjunto de crenças e rituais, a religião envolve experiências, valores, normas morais e práticas que moldam o comportamento individual e coletivo. No contexto bíblico, Jesus frequentemente abordou a religião, revelando tanto seu valor quanto seus perigos — especialmente quando ela se distancia da essência espiritual e se torna mera formalidade. Entender a religião, portanto, exige mais do que estudar doutrinas; requer discernir seu papel na relação entre Deus e o ser humano, sua influência na vida prática e sua capacidade de promover tanto...
O quê é evangelizar?
Primeiramente precisamos entender o que não é evangelizar:
1. Bater de porta em porta;
2. Bater palmas acordando as pessoas;
3. Entregar folhetos; e
4. Ser um crente chato, sempre querendo arrebanhar pessoas para a sua denominação (igreja).
Então o quê é evangelizar?
É a ação de anunciar o Evangelho, isto é, as boas novas da salvação em Cristo Jesus.
Note:
Marcos 16:15
“E disse: lhes: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura.”
Vamos para o original grego:
Και τους πρόσταξε: «Όσο πηγαίνετε σε όλο τον κόσμο, κηρύξτε το Ευαγγέλιο σε κάθε πλάσμα
O verbo “ir” (πηγαίνετε) não aparece no imperativo “ide”, mas no gerúndio “indo” (ao irdes por todo o mundo).
Então a tradução mais fiel à Escritura grega é:
“E lhes ordenou: ‘Enquanto estiverdes indo pelo mundo inteiro proclamai o Evangelho a toda criatura.” (Bíblia King James Atualizada)
A melhor maneira de anunciar o Evangelho é vivendo o Evangelho, no seu amor ao próximo, na sua misericórdia, não sendo preconceituoso, não fazendo prejulgamento, O Evangelho vivido tem muito mais autoridade do que o Evangelho falado. Como disse Francisco de Assis: “Pregue o Evangelho em todo tempo. Se necessário, use palavras. “
Então evangelizar é viver o Evangelho. Palavra chave: TESTEMUNHO. Suas ações autenticam as suas palavras.
A evangelização pode ser centrípeta ou centrífuga. Centrípeta quando você convida alguém a ir ao culto, e transfere a responsabilidade de evangelizar ao Pastor ou pregador. Centrífuga quando cada crente é responsável por ganhar almas para o Reino de Deus, ovelhas que serão reunidas em um aprisco (igreja), depois de evangelizada. Esse era o método usado por Jesus (envio dos 12 apóstolos - Mateus 10, e o envio dos 72 discípulos – Lucas 10). Claro, Jesus não mandou evangelizar os gentios (não judeus), mas as “ovelhas perdidas da casa de Israel”. Mas refiro-me ao método. As duas formas de evangelização funcionam, mas a evangelização centrífuga é mais eficaz. É mister que cada crente saiba evangelizar e discipular. Você pode evangelizar através do seu testemunho (evangelização passiva), ou você pode pregar o Evangelho a alguém (evangelização ativa). Independentemente do método, o importante é testemunhar do amor de Cristo, por onde for, conforme a ordem de Jesus registrada no livro de Atos, capítulo 1, versículo 8: “Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia, Samaria e até os confins da terra!”
Então quer dizer que não devo ir de casa em casa anunciando o Evangelho, ou distribuir folhetos, ou trabalhar com crianças, com o esporte ou música?
Claro que pode, isso geralmente é feito em uma operação missionária de impacto, quando se pretende “ganhar terreno”. Utiliza-se evangelismo pessoal e evangelização de massa. Mas a ação de evangelizar não se restringe a isso. É, principalmente, o seu modo de vida que pregará a nova vida em Cristo no dia a dia. Cuide do seu testemunho!
Pense nisso!
Dr. Gustavo Maders de Oliveira
02/05/2023
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