Pular para o conteúdo principal

Não Julgues Alguém por Quem Cristo Morreu

  Não Julgues Alguém por Quem Cristo Morreu O ensinamento de Jesus sobre o julgamento é profundo e relevante para todos nós. Em Mateus 7, encontramos palavras que nos convidam à reflexão e à mudança de atitude. Vamos explorar por que não devemos julgar os outros e como podemos aplicar esse princípio em nossa vida. I - O Mandamento de Não Julgar Em Mateus 7:1-2, Jesus diz: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão vocês.” Essas palavras são um lembrete poderoso de que nosso julgamento tem consequências. Quando apontamos os erros dos outros, estamos nos colocando em uma posição de juízes, e Deus nos julgará da mesma forma. II - A Trave no Próprio Olho Jesus continua em Mateus 7:3-5: “E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu próprio olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o

Será que o batismo salva? LER MAIS

 

Será que 1 Pedro 3:21 ensina que o batismo é necessário para a salvação?


Como acontece com qualquer versículo ou passagem, discernimos o seu ensinamento ao primeiramente filtrá-lo através do que sabemos que o resto da Bíblia ensina sobre o assunto. No caso do batismo e da salvação, a Bíblia é clara que a salvação é pela graça mediante a fé em Jesus Cristo, não pelas obras de qualquer tipo, nem mesmo o batismo (Efésios 2:8-9). Portanto, qualquer interpretação que chegue à conclusão de que o batismo, ou qualquer outro ato, seja necessário para a salvação é uma interpretação defeituosa. Para mais informações, por favor leia a nossa página sobre "A salvação é somente pela fé ou pela fé mais as obras?"


Aqueles que acreditam que o batismo seja necessário para a salvação rapidamente apontam 1 Pedro 3:21 como uma "prova" porque esse versículo afirma "o batismo que agora também salva vocês". Será que Pedro estava realmente dizendo que o ato de ser batizado é o que nos salva? Se estivesse, então estaria contradizendo muitas outras passagens das Escrituras que claramente mostram pessoas sendo salvas (como evidenciado através do seu recebimento do Espírito Santo) antes de serem batizadas ou sem nunca serem batizadas (como o ladrão na cruz em Lucas 23:39-43). Um bom exemplo de alguém que foi salvo antes de ser batizado é Cornélio e sua casa em Atos 10. Sabemos que foram salvos antes de serem batizados porque tinham recebido o Espírito Santo como uma evidência da salvação (Romanos 8:9, Efésios 1:13, 1 João 3:24). A evidência de sua salvação foi a razão pela qual Pedro permitiu que fossem batizados. Inúmeras passagens das Escrituras claramente ensinam que a salvação vem quando se crê no evangelho, no qual momento essa pessoa é selada "com o Espírito Santo da promessa" (Efésios 1:13).


Felizmente, porém, não temos que tentar adivinhar o que Pedro quis dizer neste versículo porque ele esclarece para nós com a frase "não a remoção da sujeira do corpo, mas o compromisso de uma boa consciência diante de Deus." Embora Pedro esteja conectando o batismo com a salvação, não é o ato de ser batizado ao qual ele está se referindo (não a remoção da sujeira do corpo). Estar imerso na água não faz nada mais que tirar a sujeira do corpo. Pedro está se referindo ao que o batismo representa e isso é o que nos salva (o compromisso de uma boa consciência diante de Deus por meio da ressurreição de Jesus Cristo). Em outras palavras, Pedro está simplesmente conectando o batismo com a fé. Não é a parte de ficar molhado que salva, mas sim o "compromisso de uma boa consciência diante de Deus", externamente simbolizado pelo batismo. O apelo a Deus sempre vem em primeiro lugar. Primeiro temos a fé e arrependimento, seguidos então pelo batismo, para que possa haver uma identificação pública com Cristo.


Uma excelente explicação desta passagem é dada pelo Dr. Kenneth Wuest, autor de Word Studies in the Greek New Testament. "O apóstolo está claramente se referindo ao batismo nas águas, não ao batismo pelo Espírito Santo, pois ele fala das águas do dilúvio salvando os presos da arca e, neste versículo, do batismo salvando os fiéis. No entanto, ele diz que os salva apenas como uma contraparte. Ou seja, o batismo nas águas é a contraparte da realidade e da salvação. Ele só pode salvar como uma contraparte, mas não de fato. Os sacrifícios do Antigo Testamento eram contrapartes da realidade, o Senhor Jesus. Eles não realmente salvavam o fiel, apenas em tipo. Não se argumenta aqui que esses sacrifícios sejam análogos ao batismo cristão com água. O autor está simplesmente usando-los como uma ilustração do uso da palavra ‘contraparte’”.


"Então, o batismo nas águas apenas salva o fiel no tipo. O judeu do Antigo Testamento era salvo antes de trazer a oferta. A oferta era apenas um testemunho externo de que ele estava colocando sua fé no Cordeiro de Deus, do qual esses sacrifícios eram um tipo... O batismo nas águas é o testemunho exterior da fé interior do crente. A pessoa é salva no momento em que coloca sua fé no Senhor Jesus. O batismo da água é o testemunho visível da sua fé e da salvação que lhe foi dada em resposta a essa fé. Pedro tem o cuidado de informar aos seus leitores que não está ensinando a regeneração batismal, isto é, que uma pessoa que se submete ao batismo é assim regenerada, pois ele diz: ‘não a remoção da sujeira do corpo.’ O batismo, Pedro explica, não tira a imundícia da carne, nem em um sentido literal, como um banho ao corpo, nem em um sentido metafórico, como uma limpeza para a alma. Nenhuma cerimônia realmente afeta a consciência. Entretanto, ele esclarece o que quis dizer com salvação ao afirmar ‘o compromisso de uma boa consciência diante de Deus’, e explica como isso é alcançado, ou seja, ‘por meio da ressurreição de Jesus Cristo’, através da qual o pecador arrependindo se identifica com Ele.”


Parte da confusão com esta passagem surge porque, em muitos aspectos, o propósito do batismo como uma declaração pública da fé em Cristo e identificação com Ele foi substituído por "fazer uma decisão por Cristo" ou "fazer a oração do pecador". O batismo tem sido relegado a algo que é feito mais tarde. No entanto, para Pedro ou qualquer um dos cristãos do primeiro século, a ideia de uma pessoa confessar a Cristo como seu Salvador e não ser batizada o mais rápido possível teria sido inédita. Portanto, não é de se estranhar que Pedro enxergasse o batismo como algo intimamente ligado com a salvação. No entanto, Pedro deixa claro neste versículo que não é o próprio ritual que salva, mas o fato de que estamos unidos a Cristo na Sua ressurreição por meio da fé: "o compromisso de uma boa consciência diante de Deus por meio da ressurreição de Jesus Cristo" (1 Pedro 3:21).


Portanto, de acordo com Pedro, o batismo que nos salva é o antecedido pela fé no sacrifício expiatório de Cristo que justifica o pecador injusto (Romanos 3:25-26; 4:5). O batismo é um sinal externo do que Deus tem feito "pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo" (Tito 3:5).


O batismo é um testemunho: morrer para uma vida de pecados, e nascer para uma vida cheia do Espírito Santo, independentemente da forma de batismo. Ele em si não salva, mas testifica que a pessoa conscientemente batizada foi salva por Cristo Jesus. Resumindo, o cristão não precisa ser batizado para ser salvo, mas digamos que o batismo é algo desejável na vida do novo discípulo, desde que este assim deseje.



Fontes:

https://www.gotquestions.org/Portugues/1-Pedro-3-batismo.html

http://www.bibliaonline.com.br

https://estudosdabiblia.net/a3_7.htm 

https://www.respostas.com.br/so-vai-para-o-ceu-quem-e-batizado/

https://www.respostas.com.br/quem-crer-e-for-batizado-sera-salvo/


Adaptação:


Prof. Dr. Gustavo Maders de Oliveira

Teólogo e Missiólogo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

JANELA 10/40 – DESAFIO MISSIONÁRIO - LER MAIS

  JANELA 10/40 – DESAFIO MISSIONÁRIO O termo Janela 10/40 originou-se com Luis Bush, diretor internacional AD2000 & Beyond Movement durante a segunda Conferência de Lausanne, em julho de 1989. A Janela é uma faixa compreendida entre os paralelos 10º e 40º, acima da linha do Equador, onde vivem 97% das pessoas menos evangelizadas do mundo. Na Janela 10/40 vive o grupo de povos não alcançados, do ocidente da África até o ocidente da Ásia. São 64 nações mais “perdidas” do planeta. Corresponde a 3 bilhões e 200 milhões de pessoas que em sua maioria nunca ouviram o nome Jesus; 1/3 da superfície da terra e grande parte da população do planeta. A maioria dos pobres está lá. 9/10 da população mais pobre do planeta, que vive abaixo do nível da pobreza vive na Janela. Mais da metade da população do mundo jamais ouviu o nome Jesus. Isso deveria causar ojeriza na igreja, mas parece que não é a prioridade do Povo de Deus. Só 8% de todos os missionários estão na Janela 10/40. Por

Cristo, o Centro da Bíblia

  Cristo, o Centro da Bíblia O Antigo Testamento descreve uma nação; o Novo descreve um homem. Jesus é o tema central da Bíblia, como você pode ver a seguir: A referência (nome) de Cristo em cada livro da Bíblia: Gênesis: O descendente da mulher (Gn 3:15); Êxodo: O cordeiro pascoal (Ex 12:5-13); Levítico: O sacrifício expiatório (Lv 4:14,21); Números: A rocha ferida (Nm 20:7-13); Deuteronômio: O profeta (Dt 18:15); Josué: O príncipe dos Exércitos do Senhor (Js 5:14); Juízes: O libertador (Ju 3:9); Rute: O remidor divino: (Rt 3:12); Samuel: O rei esperado (1 Sm 8:5); Reis: O rei prometido (1 Rs 4:34); Crônicas: O descendente de Davi (1 Cr 3:10); Esdras: O ensinador divino (Es 7:10); Neemias: O edificador (Ne 2:18,20); Ester: A providência divina (Et 4:14); Jó: O redentor que vive (Jó 19:25); Salmos: O nosso socorro e alegria (Sl 46:1); Provérbios: A sabedoria de Deus (Pv 8:22-36); Eclesiastes: O pregador perfeito (Ec 12:10); Cantares: O nosso amado (Ca 2.8); Isaías: O servo do Senhor (I

AMAZÔNIA – O MAIOR DESAFIO MISSIONÁRIO NO BRASIL - LER MAIS

  AMAZÔNIA – O MAIOR DESAFIO MISSIONÁRIO  NO BRASIL A Amazônia é, indubitavelmente o maior desafio missionário existente no Brasil. Cobrindo 59% de todo o território nacional, a região elenca cinco grupos socioculturais menos evangelizados no Brasil: indígenas, quilombolas, ciganos, sertanejos e ribeirinhos. A respeito do segmento ribeirinho, há um grupo de 35 mil comunidades na Amazônia, das quais estima-se que 10 mil ainda não foram alcançadas pelo evangelho. Vinte e seis milhões de pessoas habitam a Amazônia Legal, sendo que 1 milhão nunca teve contato com o evangelho. Há mais de 40 iniciativas evangelizadoras na Amazônia Legal e a maioria das comunidades tradicionais num raio de 100 Km das principais cidades já foram alcançadas. Dentre as necessidades apontadas para o avanço do evangelho entre os ribeirinhos estão a conscientização da igreja brasileira, missionários bem treinados, com capacidade de leitura cultural adequada, formação de líderes locais e material peda