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Não Julgues Alguém por Quem Cristo Morreu

  Não Julgues Alguém por Quem Cristo Morreu O ensinamento de Jesus sobre o julgamento é profundo e relevante para todos nós. Em Mateus 7, encontramos palavras que nos convidam à reflexão e à mudança de atitude. Vamos explorar por que não devemos julgar os outros e como podemos aplicar esse princípio em nossa vida. I - O Mandamento de Não Julgar Em Mateus 7:1-2, Jesus diz: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão vocês.” Essas palavras são um lembrete poderoso de que nosso julgamento tem consequências. Quando apontamos os erros dos outros, estamos nos colocando em uma posição de juízes, e Deus nos julgará da mesma forma. II - A Trave no Próprio Olho Jesus continua em Mateus 7:3-5: “E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu próprio olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o

A Multiforme Evangelização no Brasil - CLIQUE AQUI

 A Multiforme Evangelização no Brasil


Num país com dimensões continentais é impossível elencar aqui as muitas formas de evangelização possíveis, pois tudo depende, da região, de muitas variáveis. Exemplo disso é a evangelização na Amazônia ou no Pantanal, ambientes inóspitos com dificuldade de comunicação (línguas indígenas), de locomoção (rios) e carece da autorização dos líderes locais a evangelização.

Missões no Sudeste já é com outras estratégias, utiliza-se as universidades, por exemplo.

Cada região, cada bioma afeta diretamente o Modus Operandi da Missão. Existem centenas de obras missionárias espalhada pelo Brasil, missões feitas por agências ou por igrejas independentes.

Para ganhar o povo brasileiro, desde o Norte até o Sul do país é necessário estratégia e planejamento muito bem feito, tal qual uma ordem de batalha, pois parte-se do princípio que a maioria é católica (ou indígenas nalguns lugares na região Norte). O importante é que necessita planejamento, e pessoal treinado, sob pena de fracassar no projeto.

Qualquer que seja o trabalho missionário no Brasil, precisa ser legalizado, estar de acordo com o artigo 5º, incisos VI, VII e VIII da Constituição Federal, e estar a agência missionária ou igreja, alinhada com as normas locais (Prefeitura Municipal – Secretaria de Assistência Social e outras, conforme o caso.

Num país onde 59% do território é coberto pela Amazônia Legal, há também uma imensa necessidade de preparos para equipes de missionários que a adentram para evangelizar os indígenas e população das cidades e vilarejos. Primeiro, a questão da vacinação; em segundo, técnicas de sobrevivência na selva; em terceiro o uso do rádio – o único meio de comunicação que funciona, além de terminais satelitais, quando existem; em quarto lugar a questão da logística (água potável, comida, roupas, lavagem de roupas, instalações sanitárias, medicamentos, etc. Além, obviamente do preparo missiológico (transcultural no caso de etnias indígenas). Em resumo, não é fácil e nem barato fazer missões na Amazônia ou no Pantanal (bem semelhante).

Noutras áreas, como no Nordeste, no Cerrado, no Sudeste e na região Sul, usa-se a estratégia da “cabeça de ponte”, termo militar para designar um acesso, isto é, identifica-se uma vulnerabilidade e trabalha-se nela. Um exemplo é a Cristolândia, um trabalho missionário da Junta de Missões Nacionais na “cracolândia”, no centro da cidade de São Paulo. Contam com Pastores, Missionários evangelistas e psicólogos, médicos, dentistas, cozinheiros e voluntários em várias áreas. Todo esse pessoal é mantido em oração e financeiramente pelas igrejas, espalhadas pelo Brasil. A Cristolândia possui mais de 40 unidades em 9 estados, além do Distrito Federal.

Não é uma tarefa fácil evangelizar o Brasil, porque é como evangelizar um continente; cada região tem suas particularidades, seu bioma, seu clima, suas etnias, seus costumes. A religião predominante no Brasil é o catolicismo, em todas as regiões. No entanto, na maioria das vezes, é um catolicismo nominal, isto é, a pessoa se diz católica porque foi batizada na Igreja Católica quando bebê, mas não têm assiduidade, não frequenta a igreja. A maioria até fez a 1ª comunhão e a Crisma, mas não tem vínculo com a paróquia local. Resumindo, não é pastoreada pelo Padre local, e ninguém vai atrás da pessoa para que frequente a igreja. Normalmente o brasileiro comum vai à igreja em casamentos, velórios, batismos, feriados de Corpus Christi, Natal, Páscoa, etc.

Uma barreira ao evangelho no Brasil é a questão dos dízimos. Por causa dos escândalos que volta e meia aparecem na mídia com algumas denominações eclesiásticas, muitas pessoas relacionam crentes com igrejas que só querem o seu dinheiro. Por isso, não se prega placa de igreja, se deve pregar sempre a Cristo, o evangelho do Salvador.

Concluindo, o Brasil é enorme, e tem espaço para todas as agências missionárias e igrejas que querem se lançar ao evangelismo. Há necessidade de muito preparo, pois as barreiras são muitas. É admirável as igrejas oriundas das Assembleias de Deus, que crescem muito, em todas as regiões do Brasil.

A missão no Brasil pode ser transcultural, desde que o alvo seja etnias indígenas, imigrantes (descendentes) de alemão, polonês, italiano, libanês, japonês, chinês, e outros. Também nos casos de surdos/mudos.

Como se pode ver, no Brasil, pelas suas dimensões e características que mudam drasticamente os traços da população, há muitas formas de missões nacionais, pela tão grande diversidade do povo brasileiro.



Porto Belo, 4 de janeiro de 2023.

Dr. Gustavo Maders de Oliveira
Teólogo e Missiólogo

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