Problemática da igreja moderna
A igreja contemporânea perdeu o enfoque missionário da Grande Comissão, de Mateus 28, versículo 19, e de Marcos 16 versículo 15, e a abrangência da missão, estabelecida por Jesus no livro de Atos, capítulo 1, versículo 8: missões locais, estaduais, nacionais e mundiais. Assim se depara com duas realidades: igrejas tradicionais, com pequena membresia e sem capacidade e motivação para a obra missionária; e igrejas que se reinventaram e adaptaram sua teologia para si mesmas, inchadas, abastadas, mas que vivem para si mesmas (igreja para a igreja, e não igreja para o mundo).
Com poucas exceções, as igrejas brasileiras não têm investido na educação missionária, com evangelismo pessoal e de massa. Basicamente os crentes desta era não sabem evangelizar, nem apresentar o Plano da Salvação. Claro que existem exceções, mas a igreja contemporânea investe na construção de mega templos, equipamentos de multimídia de última geração, instrumentos musicais caríssimos… prega-se sobre prosperidade, operação de milagres, “louvorzão” e convidam pregadores famosos e muito eloquentes, e a igreja incha (crescimento não saudável, de qualquer jeito, só números). Mas muito pouco se fala em evangelização, mesmo de evangelismo pessoal, que todo crente deve saber.
Para piorar, o termo “missionário” ou, principalmente “missionária” tem sido usado nas igrejas evangélicas para designar, genericamente, esposa de pastor, ou de algum outro ministro, sem conexão nenhuma, na maioria das vezes, com a obra missionária. Em alguns casos o termo compõem uma “hierarquia eclesiástica”, que começa no diácono e vai até o pastor, na contramão da Bíblia: “Assim, Ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres,” (Efésios 4:11 – Bíblia King James Atualizada). Não existe, no contexto deste versículo nenhuma ideia de hierarquia. Apóstolos aproximam-se do papel dos missionários, e não são superiores aos profetas, evangelistas, pastores e mestres. Obviamente nalguma denominação eclesiástica pode haver um escalonamento da autoridade e até designar “missionária” a esposa do pastor. Todavia, isso não é bíblico, mas caiu na prática e observância em algumas igrejas.
Gustavo Maders de Oliveira - Th
29 de abril de 2022.
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