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Carta à igreja em Laodiceia

  CARTA À IGREJA EM LAODICEIA (Apocalipse 3:14-22) Esta carta e a da igreja de Sardes são as duas mais duras dentre as sete enviadas às igrejas da Ásia Menor. Primeiramente Cristo se apresenta como o Amém, isto é, imutável em natureza, propósitos e promessas. Ele é também genuíno, como tratado na carta à igreja em Filadélfia, testemunha verdadeira e origem de todo o processo criador (v. 14), sobre a última característica veja Colossenses 1:15-18. Laodiceia, em grego Λαοδίκεια, na atual Turquia, era muito próspera do ponto de vista comercial. Por situar-se num entroncamento de estradas que cortavam quase toda a Ásia, tornou-se importante centro bancário. Era uma cidade muito rica. Além de terras férteis, o que incrementava o comércio, a indústria têxtil também era muito forte. Devido à sua topografia a água que a ela chegava, por meio das tubulações, vinha morna, sendo imprópria para o consumo imediato. Antes de continuarmos o estudo, faço a seguinte pergunta: quem

A missão da Igreja

 A missão da Igreja


Primeiramente é mister esclarecer que por "Igreja", refiro-me ao Povo de Deus, remidos pelo sangue de Jesus. Jamais designarei Igreja para denominação eclesiástica ou templo, prédio, local de culto.

Nenhuma Igreja é objeto exclusivo da graça de Deus, nem Cristo é o Senhor de uma única Igreja, particular. Em Tito 2:11, Paulo escreve que "a graça de Deus se manifestou trazendo salvação a todos os homens" e em Atos 10:36, vemos Pedro atingindo o ápice da sua cristologia afirmando que "Jesus Cristo é o Senhor de todos."

Muitos cristãos adoram a Cristo como se Cristo fosse o Senhor unicamente da sua Igreja, como um daqueles deuses tribais particulares, como se fossem, eles mesmos, os recipientes restritos da graça. Fora dessa Igreja, pensam, não há salvação (como defendia o Concílio Vaticano II: "Extra Ecclesiam nulla salus" = fora da Santa Igreja Romana não há salvação), justificando-se , a partir desse pensamento privatista, toda a perseguição e a condenação à fogueira dos que estivessem fora da mesma "visão". Quem pensar diferente está fora do propósito e é do inimigo! Esse erro crucial de Israel na sua apostasia, na rejeição do seu próprio destino traçado por Deus. Hoje, nós corremos o risco de reproduzir o mesmo trágico exclusivismo, ao nos negarmos a viver nosso verdadeiro papel, nossa verdadeira missão na proclamação do evangelho da paz, ao mesmo tempo em nossa cidade, estado, país e em todas as nações da terra. (conforme Atos 1:8) Como? Indo (ou enviando), orando e contribuindo. Saiba: "quando Deus chama, Ele capacita; quando Ele capacita, Ele envia; quando Ele envia, Ele supre; e quando Ele supre, Ele respalda!" (Dr Josué Yrion - Missiólogo).

Igrejas pequenas às vezes não conseguem enviar um missionário para outra cidade, estado ou país. Por isso existem as Agências Missionárias: organizações que preparam e enviam os vocacionados, cuidando da parte operacional e da administrativa da missão. São exemplos a Agências Missionárias: JOCUM - Jovens com Uma Missão, JMM - Junta de Missões Mundiais da CBB, e RTM - Rádio Transmundial. Então a Igreja, em parceria com a Agência Missionária, envia o vocacionado ao campo, ou a Igreja "adota" um missionário que já esteja no campo, apoiando em oração e contribuindo financeiramente. "Missões se faz com os pés de quem vai, com os joelhos de quem ora, e com as mãos de quem contribui". Pense nisso!


Gustavo Maders de Oliveira - Th
24 de janeiro de 2022.


Fonte de consulta:
Falcão Sobrinho, João
Mordomia e Missões - Rio de Janeiro, JUERP, 2005  

 

Comentários

  1. Quando falo "igreja", refiro-me exclusivamente ao Povo de Deus, os "chamados para fora". Longe de mim designar Igreja a sistema ou denominação eclesiástica, muito menos templos, prédios e/ou lugares de culto. Não há, no Novo Testamento, nenhum lugar sagrado! Jesus, conversando com a mulher samaritana (João capítulo 4) explica que não há mais lugar sagrado, de adoração, pois Deus é espírito, e importa que seus adoradores O adorem em espírito e em verdade.

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